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Digamos que você não me conheça, que eu seja apenas um corpo que você deseja, um sorriso que você gosta ou uma voz que você quer ao pé do ouvido, não tenha uma história ainda, um nome na sua língua, nenhuma amiga que nos tenha apresentado ou apenas ter tropeçado no caminho. E que você não precise por conta disso ter nenhum tipo de cuidado comigo, que me respeite pelo que eu te provoco e não porque votamos no mesmo partido ou vamos ao mesmo mercado. Esqueça tudo o que conversamos, quantos drinques já tomei, quantos cigarros fumei – se é que está contando, meu lema nesta vida e que autores prefiro, muito menos o filme que fez a minha história. Não quero você todo educado, apaixonado, preocupado com nada disso, quero você indecente, mostrando-me os dentes como num filme de vampiro e com sede até a última gota. Há sempre um lado da gente que nem nós mesmos conhecemos, por isso não se surpreenda se amanhã eu disser que não conheço a mulher que dormiu esta noite contigo e que você está louco. Sou uma personagem de carne e osso do seu livro. Deixo que escolha a cor do meu vestido mas se vou tirá-lo para você é algo que só eu decido. Não faz esta cara de quem não está entendendo e nem me olhe atravessado: o feitiço virou contra o feiticeiro, baby. Agora é a minha vez de ficar por cima.






Ahh, eu quero beco sábado e ponto. Vamos Laura??? rsrs.
No mais, tudo ficando em seu lugar.
Beijo, te amo, Mink.





Lisi.