sábado, 31 de maio de 2008

re-inspirando

You're feeling instead of being,
The more that i live on the inside,
There's nothing to give,
I'm infatuated by your moves,
I've gotta search hard for clues.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

gir-l

Garotinha, não chore
Eu estarei com você quando seu mundo começar a cair
Garotinha, está tudo bem
Suas lágrimas irão secar, você logo será livre para voar
Quando você está salva em seu quarto, você tende a sonhar
Com um lugar onde nada é mais difícil do que se vê
Ninguém nunca quer ou se importa em explicar
No que uma dor no coração pode trazer ou significar




Definitivamente, eu preciso de inspiração.
Necessidade de RE-inspirar.

o mar e o ar

Eu tive um sonho. Aqui, sentada olhando para a imensidão do nada, que mesmo que eu saiba que lhe pertenço, tenho-lhe certa repulsa. Mar. Fiz um montinho de areia. Busquei água tentando fazer torres. Enfiei os pés na areia. Sentei-me para vê-lo, em primeiro plano o montinho-castelinho de areia e todas as suas torres e em segundo plano o mar, calmo, de um azul esverdiado de perder-me por inteiro de vistas.
De súbito, percebi o sonho que tive e enquanto pensava em levantar, com os pés, a torre secreta para ela se esvair em areinhas sendo levadas pelo vento, como no sonho, veio a maré alta e nos levou embora...
... ficando para mim, sem jeito, sem caber, o verde esperançoso, o vermelho da luta, as cores dos lustres e dos doces de festinhas infantis, o branquinho sincero das flores e pedidos à Iemanjá e quem sabe, um dia, noutra vida, ou somente em sonhos o cheirinho do vento que balança o ápice da vida, das minhas muitas vidas.

Eles estavam um no outro, naquela madrugada quente. A rua deserta fazia fachada para tolices, enquanto caminharam de mãos dadas até a esquina. Foi ali, exatamente naquela hora, que, displicentemente, as mãos se soltaram. Ele não tentou pegá-las, ela fingiu que não sentiu. Os olhos se viram. Os braços oferecem achego, mas as mãos não se tocaram... Ele se virou, ela permaneceu parada. Ele deu o primeiro passo, ela petrificou-se. Ele fazia-se costas, ela abaixou os olhos, levando-os ao chão. Ali, bem ali, na madrugada quente, criou-se duas novas vidas separadas por um buraco gelado, aberto aos pés e dentre(o) (d)eles.E teria a brisa quente levado a figura desse bonito a perder no horizonte, se não fosse a necessidade de deixar tudo sereno, traduzindo o encolher dos ombros e, já, lá longe, no virar da cabeça, o último olhar de palavras rompendo o silêncio compreendido.
Aquela noite era apenas mais uma noite quente, sem chover....