domingo, 30 de setembro de 2007

. insana .


Caso existisse um horário para a loucura se apropriar do meu pensamento, este seria quando a manhã se faz presente. Que vida bela. Quanto sentimentalismo. É amor demais, como dito ao desconhecido, 80% de amor, 20% de sonhos e o que resta são as coisas casuais. Os atores mudaram, a cena é a mesma. Sempre será assim...

Essa loucura me dominando, e eu implorando para a razão me auxiliar. De nada vai adiantar gritos, minha realidade é o sonho e o que é impossível seria transpirar tal razão. Caso transpirasse, estaria negando-me ou aceitando todo esse lixo de auto-ajuda contra autodestruição. Como se amar destruísse alguma coisa. As coisas que caem com o amor já estão com suas bases frágeis. Sempre foi assim...

Discordo de Drummond, viver dói. E dói muito, mas ninguém nunca morreu da dor de viver. Ah vida bela. Ah vontade crescente. Balela minha essa de saber o que está por vir, o imprevisto se fez presente e me presenteou com mais um sabor novo. Sabor de? Macarrão e pasta de dente. Loucura. Sua louca...


_________________________SurtadA .




"Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."

Bocage.


Minhas idéias se organizam (ou próximo disso) quando escrevo meus monólogos água e açúcar. Hoje não seria diferente, se eu não estivesse deitada e quisesse escrever. Não consegui pregar os olhos; e ainda estou estática por tudo. Esse tudo desarrumado da minha vida. As coisas são sem nexo (e se tivessem a vida teria o mesmo sentido?) e eu preciso de dar telefonemas, mensagens, toques, ou qualquer comunicação que me mostre que existe vida agora! Melhor seria se essas vidas pudessem me falar algo, pura necessidade de ouvir um boa noite descente.
Fico pensando como pessoas podem ser extremamente diferentes... como isso é possível? Não existiria um ponto em comum? Nada? Tudo se resumiria nisso, no nada? É muito ingrato e revoltante tudo isso. Eu penso demais, exageradamente. Analiso cada detalhe e encontro sempre as mesmas respostas. Não... não adianta falar que eu já não sabia, não adianta negar. Eu sempre soube. Apenas adiei por muito tempo a verdade agora já não camuflada. Eu esperava tão mais, tanto mais.
Sentada refleti muito (além do que eu queria, mas muito menos do que o necessário). Foi tão bom olhar o céu e ver tão claro o meu céu, os meus pensamentos, as minhas vontades. Infelizmente nem tudo vai ser assim, nem tudo vai ser igual amanhã, ou depois ou depois de depois... eu sei não é assim, mas deixo... Deixo essa vida... deixo vida, para você fazer o que você quiser. E eu vou fingir que não é assim, rir e ir dormir.


Buenas Noches.